Blockchain mudará nossa forma de fazer negócios

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Ela está por trás da tecnologia das criptomoedas, mas também pode ser usada para uma infinidade de outras aplicações, podendo revolucionar nos próximos anos, a forma de se fazer negócios em todo o mundo. Criada em 2009, a blockchain usa uma tecnologia de registro, que visa a descentralização como medida de segurança e funciona como um livro Contábil, que pode ser consultado publicamente e compartilhado, lingando duas partes, eliminando todos os intermediários.

O consultor de investimentos em criptomoedas Alex Silva, que atua há mais de 20 anos na área de tecnologia, explica melhor como a blockchain funciona. De acordo com o consultor, ela pode ser imaginada como uma segunda internet, criada para validar dados por meio de computadores, eliminando assim os intermediários. “Enquanto a internet, que conhecemos oferece diversas opções de download e upload, a blockchain surgiu para validar essas informações. Funciona como uma cadeia de blocos contínua iniciada lá em 2009, pelo inventor do bitcoin com o bloco Gêneses. As informações presentes em cada bloco são validadas por meio do trabalho dos chamados mineradores, que com a ajuda de vários computadores validam as informações do bloco anterior e criam um novo bloco, que se liga ao primeiro. Tudo é feito por meio da hash - uma impressão digital - que atesta a veracidade da informação,” diz Alex, que acrescenta que no futuro a validação de tokens, a digitalização e autenticação de documentos e contratos inteligentes, ocorrerão todos sem a necessidade de terceiros, sendo validados diretamente pela própria Blockchain.

O especialista afirma, que o sistema garante a segurança, pois a própria blockchain faz a criptografia e a autenticação das informações ali presentes: “por ser toda automatizada por meio de diversos computadores e por mais de um bloco, a blockchain garante mais segurança. Como um bloco tem que ser validado por outro, não há como voltar atrás. Se um hacker resolver invadir uma transação feita lá no bloco um, por exemplo, teria que voltar os mais de 5.000 mil blocos minerados depois dele, o que é quase inviável. Por isso, este sistema é mais seguro existente no mercado hoje”.

De olho nas mudanças e aberto as inovações, Guilherme Pagotto de Souza, diretor do Sescon Campinas tem estudado sobre o assunto e faz uma comparação importante sobre as mudanças que estão por vir. “Até então, as informações financeiras ficam centralizadas com as instituições financeiras (bancos), que seguem regras impostas pelos governos e estão sujeitas a auditorias e controles para comprovar a autenticidade dos dados e trazer a nós clientes, segurança, tanto nas transações realizadas quanto na guarda do nosso dinheiro. A partir do uso da tecnologia descentraliza da blockchain, não existirá mais a necessidade do intermediário (bancos) para validarem as transações e a custódia do nosso dinheiro”.

Segundo Alex, a inovação tem tirado o sono das corporações bancárias, que poderão ser eliminadas como intermediárias no futuro. Atualmente muitas dessas instituições têm buscado, cada vez mais, conhecer sobre a blockchain e até criado as suas próprias criptomoedas. Para o consultor, essa estratégia é falha, uma vez que a ideia da blockchain é justamente a descentralização, tirando os intermediários. “Então, por qual razão as pessoas teriam interesse numa moeda que tivesse um centralizador, já que tantas outras não terão?”, questiona.

O consultor reforça ainda, que os profissionais, que trabalham com consultoria financeira, se ainda não o fizeram, devem sim aprender o mais rápido possível sobre esta tecnologia. “Até um tempo atrás os investimentos eram feitos por empresas e pessoas com maior poder aquisitivo, hoje isso mudou. Com a blockchain e a entrada das criptomoedas investimentos foram facilitados. A democracia do dinheiro chegou”, diz Alex, que lembra também, que não é preciso mais ser um expert no assunto, pois cada vez mais aumenta o uso da inteligência artificial e de robôs, que ajudam a identificar as oscilações no mercado, comprando moedas na baixa e as vendendo na alta, sendo possível lucrar muito com este mercado considerado milionário.

Tags: blockchain

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