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É notório que quase todo governo autoritário, ou império que se erga de forma arbitrária, não deseja qualquer novidade que possa restringir o seu poder, muito menos mobilizar as classes, e a população contra si próprio. Desde que surgiu, em 2009, os Bitcoins se tornaram símbolo, contra todo e qualquer tipo de imperialismo econômico, e que tenha por finalidade sobrepujar os interesses da sociedade em geral.
O capitalismo em si é uma forma justa de remuneração, bem como o socialismo, é uma forma justa de distribuição, ao contrário do comunismo, que deseja controlar a distribuição, e manter o todo sobre um único poder. Conforme as "mãos" que gerem uma ou outra experiência, o mercado se abala, e a população sofre com drásticas consequências - bem como já mostrou a nossa história.
Contra esses sistemas, que prejudicam a economia e arrasam com a vida de sua população, surgiu a criptomoeda, como uma forma de "driblar" os interesses mesquinhos que, frequentemente, colocam em risco não somente a economia, como toda a estrutura de um país. Haja visto, por exemplo, o que ocorreu nos EUA, em 2008, com o estouro da bolha imobiliária, e a quebra do Lemman Brothers, um dos mais importantes bancos de crédito e investimentos daquele país.
BITCOINS X TOTALITARISMO
A especulação imobiliária, movida pela ganância e expertise de investidores ávidos por mais dinheiro, quase quebrou uma das maiores potências do mundo, que chegou a ver boa parte de seus postos de trabalho serem fechados, além de outras grandes empresas, darem adeus à até então "terra das oportunidades".
Caso assim ocorreu recentemente na Grécia, onde a corrupção derreteu a economia, e todo valor que o dracma tinha no mercado. A dívida externa do país era gigantesca, e embora já contasse com certa ajuda de empréstimos externos, o país lidava com a desconfiança constante do mercado, o que o impedia de negociar pagamentos. A este mercado, a criptomoeda veio como uma alternativa, para se reerguer toda uma nação com um pouco mais de dignidade.
E o que dizer então da Venezuela, com uma inflação galopante de mais de mil porcento, e um governo de esquerda corrupto e tirano? Por lá, a situação é tão caótica ou mais. Porém, o Governo fecha suas portas, suas fronteiras, e impede que a população encontre soluções para a fome, miséria, e falta de recursos. Milhares já morreram por conta disso.
No entanto, nenhum governo totalitário, tirano e corrupto, por mais que veja sua população sofrer, permite que qualquer avanço possa lhes amenizar o sofrimento, temendo a perda do poder. Assim é, desde os mais remotos impérios no mundo. E assim, ocorre em pleno século XXI, na China, que já cogitou e ainda planeja, este ano, banir a criptomoeda do país.
A China é um país da Ásia Oriental, mas um dos mais populosos do mundo. É administrado economicamente de forma capitalista e politicamente de forma comunista pelo ditador Xi Jinping. A emblemática Muralha da China corta a região norte do país de leste a oeste. Xangai é um centro financeiro global repleto de arranha-céus enquanto Beijin é o centro político-administrativo.
Ou seja, a economia gira, mas, conforme a vontade de seu governo. A população tem liberdade para comercializar, mas dentro do que limita e permite o Governo, que também estabelece quem, e quanto vai poder lucrar. Contra esse sistema, surge o mercado de bitcoins, que se forma em grande parte neste gigante da Asia.
Isso mesmo. A grande parte deste gigantesco mercado, que se estende desde 2009 pela Blockchain, é composto por investidores virtuais chineses, ou ainda de outros países, que formam suas carteiras em mineradoras do país. Essa perseguição teve início ainda em 2017, quando Beijin tomou conhecimento dos milhões que giram no país dentro da Blockchain, e do quanto isso ocorre com total liberdade, longe do olhar criterioso do regime.
Mas, se esta economia paralela também movimenta o mercado interno no país, o que tem contra, os seus governantes?
Em um país, onde a internet é totalmente controlada, onde a opinião pública é manipulada, sendo vetado o acesso a muitos sites estrangeiros, e qualquer site interno que critique a política é tirado do ar, em um país onde não existe crítica, mas sim "adoração" ao governo, uma criptmoeda com tanto poder, ou mais que o Renminbi, ou mesmo o dólar americano, chega a ser assustador. Para o ditador, é claro.
Essa perseguição é a mesma que ocorre desde 2015, por exemplo, na Coreia do Norte. Kim Jon Un, também não aceita que haja circulação desta, em meio a um dos mais atrasados países do mundo. O mesmo, por exemplo, não ocorre na Coreia do Sul, onde a criptomoeda é analisada e discutida com cuidado, mas sem qualquer tipo de proibição arbitrária.
COMO A SAÍDA DOS BITCOINS DA CHINA, FAVORECE O MERCADO DAS CRIPTOMOEDAS?
Segundo um estudo feito pela Universidade de Princeton, em conjunto com a Universidade Internacional da Flórida, cerca de 74% do poder de mineração do bitcoin reside na China.
Uma vez que a maior concentração de investimentos em Bitcoins está por lá, com a dissolução deste mercado paralelo, o Governo pode manter o controle de sua economia nas mãos (a China tem uma das mais fortes economias do mundo). E, esse mercado bilionário, passa a ser diluído para outras unidades espalhadas pelo mundo.
Desta forma, passam-se a criar mais e mais protocolos de segurança, capazes de garantir a tranquilidade dos investidores, e diminuir os riscos de perda, que fazem com que a moeda oscile tanto, em algumas Bolsas de Valores, e na própria Blockchain.
Com os riscos bem abaixo da média, comprar e investir bitcoins passa a ser mais garantido, e o que até então, era um argumento forte por parte de potências que torcem o nariz para criptomoeda, pode ser um apoio importante, ao mercado que cresce pelo mundo afora.
Essas criptomoedas serão circuladas e fortalecerão outros centros de investimentos, criando novas oportunidades econômicas, garantindo quem sabe, uma real situação onde todos passam ter direito, sem o controle e a interferência dos governo no mercado.
Utopia? Só o tempo poderá dizer.
Por Alex Silva.
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Sobre Alex Silva
Consultor de investimentos em criptomoedas. Profissional com 20 anos de experiência em diversas áreas tecnológicas, Alex oferece mentoria para pessoas interessadas em começar a investir em Bitcoins e outras moedas virtuais. Além de esclarecer conceitos e definir estratégias de acordo com o perfil do cliente, o especialista também indica ferramentas que auxiliam no processo, como algoritmos que controlam operações diárias de compra e venda.